segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Capítulo 4.3

A Nova Horda e a Fragmentação da Aliança

O diretor principal dos acampamentos de internação, Aedelas Blackmoore, de seu seguro castelo, Durnholde, vigiava os Orcs cativos. Um Orc lhe tinha despertado um interesse particular: um jovem órfão que ele tinha achado quase dezoito anos antes. Blackmoore tinha criado o jovem Orc macho como um escravo e o tinha nomeado Thrall. Blackmoore ensinou o Orc sobre táticas, filosofia, e combate. Thrall foi treinado como um gladiador. O tempo todo, o diretor corrupto buscou moldar o Orc na arte das guerras.

Apesar de sua educação severa, o jovem Thrall cresceu e virou um Orc forte, perspicaz, e sentia em seu coração que a vida de escravo não era para ele. Com a maturidade, ele aprendeu com as pessoas sobre os orcs com quem ele nunca tinha se encontrado.

Depois da derrota dos Orcs, a maioria deles tinham sido colocados em acampamentos de internação. Ouve um rumor que Doomhammer, o líder dos Orcs, tinha escapado de Lordaeron e tinha se escondido. Só um clã de Rogues ainda operava em segredo, tentando invadir a alerta Aliança.

O Aplicado Thrall sem experiência decidiu escapar da fortaleza de Blackmoore e partir para achar outros de sua raça. Durante suas viagens Thrall visitou um acampamento de internação e observou que sua raça parecia agora estranhamente letárgica, nada lembrando as lendas memoráveis que tanto ouvira contar sobre os furiosos guerreiros Orcs. Não tendo encontrado os gloriosos guerreiros que ele esperava conhecer, Thrall teve a idéia de achar o último comandante dos Orcs, o temível Grom Hellscream.

Constantemente caçado pelos humanos, Hellscream conservou em si o instinto inextinguível da Horda para lutar. Ajudado pelo seu clã Warsong, Hellscream continuou empreendendo uma guerra subterrânea contra a opressão de seu povo cativo. Infelizmente, Hellscream nunca conseguira achar um modo para despertar os Orcs do seu estupor. Thrall impressionado e inspirado pelo idealismo de Hellscream desenvolveu uma empatia forte pela Horda e pelas suas tradições de guerra.

Buscando a verdade de suas próprias origens, Thrall viajou para o norte para achar o legendário clã Frostwolf. Thrall aprendeu que Gul’dan tinha exilado os Frostwolves durante os primeiros dias da Primeira Guerra. Ele também descobriu que ele era o filho e herdeiro do Orc herói Durotan, o verdadeiro comandante dos Frostwolves, antes de ter sido assassinado quase vinte anos antes.
Debaixo da tutela do venerável shaman Drek’Thar, Thrall estudou o antigo shamanismo de seu povo que havia sido esquecido pela maldade de Gul’dan. Com o passar do tempo, Thrall se tornou um shaman poderoso e se tornou comandante do clã exilado Frostwolves. Autorizado pelos elementos, Thrall partiu para livrar os clãs cativos e curar sua raça da corrupção demoníaca.
Durante suas viagens, Thrall achou o velho warchief, Orgrim Doomhammer, que tinha estado vivendo por muitos anos como um ermitão. Doomhammer que tinha sido um amigo íntimo do pai de Thrall decidiu seguir o jovem visionário Orc, e iria o ajudar a livrar os clãs cativos. Apoiado por muitos dos comandantes veteranos, Thrall teve sucesso no final das contas e revitalizou a Horda, dando para seu povo uma nova identidade espiritual.

Para simbolizar o renascimento de seu povo, Thrall voltou à fortaleza de Blackmoore de Durnholde e acabou com os planos de seu antigo mestre, armando cerco em todos os acampamentos de internamento. Esta vitória não sairia de graça: durante a libertação de um acampamento, Doomhammer morreu na batalha.

Thrall levou o legendário warhammer (Machado de Guerra) de Doomhammer e vestiu sua armadura prata escura para se tornar o novo warchief da Horda. Durante os meses seguintes, o exército da Horda liderado por Thrall lutava pelos campos de internamento e se opunha á altura da Aliança, enfraquecida pelas divisões políticas internas. Encorajado por seu melhor amigo e mentor, Grom Hellscream, Thrall trabalhou para se assegurar que seu povo nunca mais seria escravizado.

A Guerra da Aranha

Enquanto Thrall libertava seus irmãos em Lordaeron, Ner’zhul continuou construindo a base de seu poder em Northrend. Uma grande fortaleza foi erguida sobre a Geleira de Icecrown e foi povoada com a crescente legião de mortos-vivos. Quanto mais humanos morriam pela pestilência, mais soldados zumbis saíam das tumbas diretamente para as fileiras do Lich King, que estendia sua influência sobre a terra gelada do norte, formando um poderoso império sombrio e nauseabundo. O antigo reino subterrâneo de Azjol-Nerub, que tinha sido fundado por uma raça sinistra de aranhas humanóides, os nerubians, enviou seus guerreiros de elite para atacar Icecrown e terminar com o domínio local do Lich King. Ner’zhul percebeu que os nerubians não só eram imunes à pestilência, mas também imunes a dominação telepática.

Os Lords-Spiders de nerubian comandavam uma vasta força e dispunham de uma rede subterrânea que se estendia por quase meio continente de Northrend. As suas táticas de bater e correr para lugares seguros confundia os Undeads do Lich King. No final das contas, a guerra de Ner’zhul contra os nerubians foi ganha através da invasão de seus abrigos subterrâneos. Com a ajuda dos dreadlords sinistros e de guerreiros undeads inumeráveis, o Lich King invadiu Azjol-Nerub e destruiu seus templos subterrâneos dos nerubians, levando as cabeças dos Lords-Spiders ao fio da espada.

Embora os nerubians fossem imunes a sua pestilência, Ner’zhul estava aumentado seus poderes de necromanticia, o que lhe permitiu escravizar os guerreiros nerubians, criando os Spiders-Warriors e diversificando ainda mais o seu exercito. Com sua tenacidade e intrepidez, Ner’zhul adotou o estilo arquitetônico dos nerubians para suas próprias fortalezas e estruturas. Partido para reger seu reino sem oposição, o Lich King começou se preparar para sua verdadeira missão no mundo. Ultrapassando os limites das terras do norte com seu vasto poder mental, o Lich King passou a convocar qualquer alma maléfica de Azeroth que quisesse ouvir seu chamado. . . .

Kel’Thuzad e a Formação do Scourge (Flagelo)

Alguns indivíduos poderosos espalhados ao longo do globo de Azeroth receberam de Northrend a convocação mental do Lich King. Entre esses, o mais famoso era o Arquemago de Dalaran, Kel’Thuzad, que era membro do conselho de Kirin Tor, conselho que regia Dalaran. Durante anos ele se mantinha relativamente isolado dos demais, devido a sua insistência em estudar as artes proibidas da necromancia. Obcecado para aprender tudo do mundo mágico e suas maravilhas sombrias, ele estava frustrado pelo modo preconceituoso com que seus pares magos de Dalaran viam o uso da magia negra. Após ouvir a poderosa convocação vinda de Northrend, o Arquemago fez o que pôde para se comunicar com aquela voz misteriosa. Convencido que o Kirin Tor era muito fraco para manipular o conhecimento das artes escuras, ele buscou aprender o que pôde com o imensamente poderoso Lich King.

Deixando para trás sua fortuna e posição política prestigiada, Kel’Thuzad abandonou o conselho de Kirin Tor e partiu para sempre de Dalaran. Atraído pela voz persistente do Lich King em sua mente, ele vendeu suas vastas propriedades e juntou suas fortunas. Viajando sozinho por muitas léguas de terra e mar, ele finalmente chegou às costas congeladas de Northrend. Sua intenção era de alcançar Icecrown e oferecer seus serviços ao Lich King.

O Arquemago atravessou as ruínas destruídas de Azjol-Nerub e viu a extensão e a ferocidade do poder de Ner’zhul, o Lich King. Ele começou a perceber que se aliando com o misterioso Lich King ambos poderiam ser sábios e potencialmente imbatíveis.

Depois de longos meses de viagem pelos improdutivos solos árticos, o Arquemago Kel’Thuzad finalmente chegou à geleira escura de Icecrown e à fortaleza escura de Ner’zhul. Ficou estarrecido quando os soldados undeads o deixaram passar silenciosamente como se lhe esperassem. Assim, ele desceu profundamente na terra fria até atingir o fundo da geleira. Lá, na infinita caverna de gelo e sombras, ele se prostrou diante do Trono Congelado e ofereceu sua alma ao senhor da escuridão.

O Lich King estava contente com seu mais recente conscrito. Ele prometeu imortalidade a Kel’Thuzad e grande poder em troca de sua lealdade e obediência. Ansioso para obter o conhecimento da magia negra e seu poder, Kel’Thuzad aceitou sua primeira grande missão: entrar no mundo dos homens e fundar uma nova religião que adoraria o Lich King como um deus.

Para ajudar o Arquemago a realizar sua missão, Ner’zhul preservou a aparência humana de Kel’Thuzad. O velho feiticeiro foi encarregado de usar poderes de ilusão e persuasão para seduzir e conquistar a confiança das massas oprimidas de Lordaeron, assim como os insanos e os anarquistas. Assim, chamaria a atenção desses coitados e passaria a apresentá-los a esta nova visão de uma nova sociedade, mais justa e governada por um Rei semideus, o Lich King.

Assim, Kel’Thuzad voltou a Lordaeron disfarçado, e durante três anos usou sua fortuna e seu conhecimento para construir uma irmandade clandestina de homens e mulheres. Essa irmandade, a qual ele nomeou de "O Culto dos Malditos", pregava para seus acólitos e discípulos igualdade social e uma vida eterna em Azeroth, em troca de seus serviços e obediência a Ner’zhul, o Lich King. Com o passar dos meses, Kel’Thuzad achou muitos voluntários ansiosos entre os trabalhadores cansados de Lordaeron, para ingresssar no seu novo culto. Foi surpreendentemente fácil para Kel’Thuzad alcançar sua meta: transferir a frágil fé dos cidadãos na "Holy Light”, para a crença sombria no Lich King e seu novo reino. Apesar de "O Culto dos Malditos" crescer em tamanho e influência, Kel’Thuzad certificou-se de ocultar das autoridades de Lordaeron o funcionamento de sua irmandade sombria.

Com o espetacular sucesso de Kel’Thuzad em Lordaeron e arredores, levando sua irmandade ao status de religião, o Lich King fez suas preparações finais para o ataque contra a civilização humana. Colocando suas pestilências em vários artefatos portáteis chamados caldeirões de pestilência, Ner’zhul ordenou que Kel’Thuzad transportasse os caldeirões a Lordaeron e dali para dentro de várias aldeias culto-controladas. Os caldeirões, protegidos pelos leais e fanáticos cultistas, seriam os focos geradores da pestilência, espalhando a peste para todas as fazendas e cidades de Lordaeron, o que traria um rastro de morte, seguida da zumbificação em massa da população, e enfim, o aumento das fileiras do exército do Lich..

O plano de Lich King funcionou perfeitamente. Muitas das aldeias do norte de Lordaeron foram contaminadas quase que imediatamente. Da mesma maneira que em Northrend, morriam os cidadãos que contraíam a pestilência e acordavam zumbis, com o legado maldito de eterna escravidão ao Lich King. Os cultistas de Kel’Thuzad estavam ansiosos para morrerem e acordarem como zumbis imortais prontos para servir seu senhor do escuro. Com a pestilência se espalhando, cada vez mais zumbis surgiam nas terras de Lordaeron. Kel’Thuzad nomeou seu exército de Scourge (Flagelo) e logo marchariam para os portões de Lordaeron e acabariam com toda humanidade da face da terra.

A Aliança se fragmenta

Inadvertidos dos cultos da morte que cresciam e se formavam em suas terras, os líderes das nações da Aliança começaram a brigar e a discutir sobre as propriedades territoriais e influência política. O Rei Terenas de Lordaeron começou a achar que o frágil pacto que eles tinham forjado durante a guerra contra os Orcs não duraria por muito mais tempo. Terenas tinha convencido os demais líderes da Aliança a emprestarem dinheiro e trabalhadores para ajudar na reconstrução do reino sulista de Stormwind, que tinha sido destruído durante a ocupação dos Orcs em Azeroth. Os impostos mais altos resultantes, além das altas despesas para manter os Orcs cativos nos campos de internamento, fez com que muitos líderes - Genn Greymane de Gilneas, em particular - a acreditarem que seus reinos estariam melhor sucedidos se separassem da Aliança de Lordaeron.

Para piorar, os High Elfs de Silvermoon, rescindiram sua submissão a Aliança bruscamente, enquanto declaravam que a pobre liderança dos humanos tinha ocasionado o incêndio de suas florestas durante a Segunda Guerra. Terenas lembrou os High Elfs que Quel’Thalas teria sido totalmente destruída (e não somente parte de suas florestas ) se centenas de humanos valorosos não tivessem morrido em combate para ajudar os Elfos a defender suas terras . No entanto, os Elfos decidiram seguir seu próprio caminho. Após a partida deles, Gilneas e Stromgarde saíram da aliança também.

Embora a Aliança estivesse se desfazendo, o Rei Terenas ainda tinha aliados com os quais ele poderia contar. Tanto o Almirante Proudmoore de Kul Tiras e o jovem rei, Varian Wrynn de Azeroth, continuavam na Aliança. Além disso, os feiticeiros de Kirin Tor, conduzidos pelo Arquemago Antonidas, estavam firmes em Dalaran e prontos para seguir as ordens de Terenas. E por fim o poderoso rei anão, Magni Bronzebeard, que jurou que os anões de Ironforge possuíam uma dívida de honra para sempre com a Aliança por liberar Khaz Modan do controle da Horda.

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