segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Capítulo 1.3

A Árvore Mundial e a Esmeralda dos Sonhos
9.000 anos antes de Warcraft I

Por muitos anos, os Elfos Noturnos trabalharam incansavelmente para reconstruir sua pátria antiga. Deixando seus templos destruídos e as ruínas das cidades que mal sobreviveram à grande catástrofe, eles construíram suas casas novas entre as árvores verdes e as colinas sombreadas à base do Hyjal.

Há 9000 anos antes da primeira guerra entre humanos e orcs, os grandes dragões guardiães que tinham sobrevivido apareceram dos seus esconderijos. Alexstrasza, Ysera e Nozdormu pousaram nas clareiras druidas na floresta em que se reeguia a nação élfica e constataram os frutos dos trabalhos de reconstrução da nação dos Elfos Noturnos. Malfurion, que tinha se tornado um arque-druida de imenso poder, cumprimentou os dragões poderosos e lhes confidenciou sobre a criação do novo “Well of the Eternity”, através dos frascos de Illidam, roubados pouco antes da destruição da Fonte da eternidade.

Os grandes dragões ficaram alarmados por ouvir essas notícias e afirmaram que enquanto o novo Lago da eternidade existisse, a Legião Flamejante poderia um dia retornar de surpresa ao mundo mais uma vez.

Malfurion e os três dragões fizeram um pacto para manter o Lago seguro e assegurar que os agentes da “Burning Legion” nunca mais achassem um modo de invadirem seu mundo. Alexstrasza colocou uma única, e encantada esfera no fundo do Lago da Eternidade. A esfera, ativada pelas águas potentes e mágicas, deu vida a uma árvore colossal. As raízes da poderosa árvore cresceram nas águas do lago, e sua copa verde parecia raspar o telhado do céu.

Os Três Dragões sobreviventes, sob o olhar de Tyrande e Malfurion, assistem o florescer da Grande Árvore Nordrassil, emergindo das águas místicas do novo lago da eternidade, nas encostas do Monte Hyjal

A imensa árvore seria um símbolo perpétuo do laço dos Elfos Noturnos com a natureza, e suas energias se estenderiam para curar o resto do mundo, com o passar das eras. Os Elfos deram para sua Árvore Mundial o nome de Nordrassil que significava “coroa dos céus” na língua nativa deles.

Nozdormu colocou um encanto na Árvore Mundial para assegurar que enquanto Nordrassil existisse, os Elfos nunca envelheceriam ou cairiam doentes. Ysera, também colocou um encanto na Árvore Mundial, unindo-a ao seu próprio reino etéreo conhecida como o Sonho de Esmeralda. O Sonho de Esmeralda, um vasto mundo de espíritos, existia fora dos limites do mundo físico. Desta dimensão Ysera poderia regular o caminho evolucionário da natureza e do próprio mundo.

Os Elfos Noturnos druidas, inclusive o próprio Malfurion, foram ligados ao reino etéreo do Sonho Esmarealda pela Árvore Mundial. Como parte do pacto místico, os druidas deveriam hibernar periodicamente, durante os séculos, de forma que seus espíritos pudessem vagar nos caminhos infinitos das Estradas do Mundo Onírico de Ysera. Embora os druidas tivessem que perder vários anos de suas vidas hibernando, eles concordaram com o trato feito com Ysera, a fim de manter seus privilégios de sabedoria e imortalidade.


As Tribos

Embora os Kaldorei tenham alcançado um grande conhecimento, eles só mais tarde se encontraram com outras culturas inteligentes. Muito antes do colapso da primeira Fonte da Eternidade, no leste surgiu uma cultura que criou um imenso império. Mil anos antes dos Kaldorei aparecerem, dois impérios enfrentaram-se. Existiam duas Tribos nas terras do norte onde depois seria chamada de Lordaeron: a Tribo Gurubashi e a Tribo Amani que construiu Zul’Aman. É suspeitado que ambas as espécies, vieram do vale de Stranglethorn.

Embora fossem todos Trolls, eles não se tratavam com muita condolência. Porém, tiveram que se unir contra os insetos do Império Azi'Aqir que destruiam tudo aquilo que não fosse insectóide. Finalmente os insetos foram neutralizados em Azjol'Nerub, para o norte, e em Anh'Qiraj, para o sul.

Algumas Tribos acharam a Fonte da Eternidade e usaram-na para os próprios fins (é possível que os Kaldorei descendam dessas Tribos).

Os Elfos e os Trolls enfrentaram-se várias vezes, mas no fim os elfos expulsaram as tribos.

Os Trolls da Floresta adoravam Hakkar, um deus violento. Hakkar exigia as almas das crianças troll. Ao saberem disto, os Trolls recusaram e pararam de adorá-lo, causando a sua raiva. Só a tribo Atal'Ai continuou a adorar Hakkar. Por esse motivo os Gurubashi expulsaram-nos e foram forçados a emigrar para o Pântano das Lamentações. Por isto, os Gurubashi entraram numa guerra tribal. As tribos Skullspliter e de Darkspear lutaram até a morte pelo domínio. A superioridade do Skullspliter forçou os Darkspear a abandonar o continente. Exílados foram para uma ilha do Grande Mar que eles habitaram dali em diante.

Enquanto os Elfos reconstruíam as vidas deles ao redor do monte Hyjal, os Atal'Ai continuaram com a adoração de Hakkar. Esta ameaça alertou Ysera que enviou uma de suas crianças, Eranikus, para adverti-los do perigo, mas os feiticeiros Atal'Ai estavam obstinados em invocar Hakkar. Entao Ysera apareceu diante dos Atal'Ai e afundou a fortaleza deles, formando a Sepultura das Lágrimas. Hakkar vingou-se corrompendo Ysera com o seu poder. Os Aspectos Grandes, temendo perder outro dos irmãos, limitaram Ysera no Sonho Esmeralda para evitar que a corrupção se espalhasse. Os Grandes Aspectos pediram aos druidas que mergulhassem no Sonho Esmeralda, pois Ysera necessitava de apoio.

Neltharion vendo a oportunidade se aproveita da situação e usa a DemonSoul para destruir os Dragões Azuis. Malygos, só e sem herança, viajou para o gélido continente de Northrend e fez um cemitério para as suas crianças, o Dragonblight. Malygos levou consigo Sapphiron, o seu servo sobrevivente, e deu-lhe a missao de vigiar o Dragonblight.

Alexstrasza, ciente do uso feito por Neltharion da DemonSoul, escondeu-a nas profundezas das montanhas de Khaz Modan.


O Exílio dos High Elfs
7.300 anos antes de Warcraft I

Com o passar dos séculos, a nova sociedade dos Elfos Noturnos novamente cresceu e se expandiu ao longo do continente de Kalimdor, sobretudo na floresta que eles vieram a chamar de Ashenvale, região a oeste do Monte Hyjal e da Árvore do Mundo.

Muitas das criaturas e espécies que eram abundantes antes da Grande Divisão do Mundo, como os Furbolgs e os Quilboars, reapareceram e floresceram na terra. Debaixo da liderança benevolente dos druidas, os Elfos Noturnos desfrutaram de uma era de paz e tranqüilidade sem precedentes, sob o testemunho das estrelas.

Neste ambiente de prosperidade e harmonia havia os sobreviventes dos “Highborne” ou Elfos Superiores, que embora fossem nada mais que Elfos Noturnos e convivessem normalmente com seus irmãos, cresceram inquietos e com saudosas recordações dos tempos do uso livre da magia. Admiravam Illidan por ter preservado as águas mágicas da Fonte da Eternidade e secretamente mantinham desprezo pelos demais Elfos Noturnos a quem viam como inferiores pelo fato de não usufruírem das energias da nova Fonte.

O antigo líder dos “Highborne”, chamado Dath’Remar Sunstrider passou a pregar abertamente a todos o uso da magia do lago e ridicularizava os druidas publicamente, chamando-os de covardes por recusar a usar as magias que ele falava que eram de todos por direito e herança de Illidam. Malfurion e os druidas ignoraram os argumentos de Dath’Remar e advertiram o “Highborne” que qualquer uso de magia seria punido severamente com a morte.

Em uma insolente e infortunada tentativa de convencer os druidas a rescindir a lei anti-magia, Dath’Remar e seus seguidores invocaram uma terrível tempestade mágica em Ashenvale , a partir dos poderes das águas do lago.

Tempestade Mágica provocada pelos Highborn, nas águas mágicas do lago

Os druidas se indignaram. Reuniram-se e decidiram punir os “Highborne” pela grande infração cometida e pela exposição a todos ao perigo do retorno da “Burning Legion”.

Optaram por não exterminá-los juntamente com suas famílias, mas devido à gravidade do delito sentenciaram todos os “Highborne” ao exílio eterno. Por mais doloroso que fosse exilar irmãos de sangue, a civilização élfica e o mundo de Azeroth não poderiam correr o risco de uma nova catástrofe, pela irresponsabilidade de alguns poucos viciados em magia.

Dath’Remar e seus seguidores subiram a bordo de vários navios à vela e saíram pelos mares, rumo ao extremo leste, em busca de novas terras. Embora nenhum deles soubesse o que os esperavam além das águas do furioso Maelstrom, os “Highborne” estavam ansiosos para estabelecer sua própria pátria, aonde eles poderiam praticar suas magias livremente. Mas como iriam praticar magia, se estariam tão longe da nova Fonte da Eternidade? Dath’Remar tinha secretamente em sua posse um dos frascos de Illidam, cheio das águas mágicas da primeira fonte da eternidade: isso deveria ser suficiente para criar um novo poço mágico na nova pátria, possibilitando-os de exercer a magia.

Exílio dos Highborn: Dath’Remar, seus seguidores e suas famílias, expulsos de Kalimdor, iniciam sua jornada além-mar

As Sentinelas e a Longa Vigília

Com a partida de seus primos exilados, os Elfos Noturnos voltaram sua atenção à sua pátria em reconstrução. Os druidas, sentindo que seu tempo de hibernação estava cada vez mais perto, preparavam-se para dormir e deixar para trás seus familiares e amigos. Tyrande, que tinha se tornado a Alta Sacerdotisa de Elune, falou para seu amor, Malfurion, não ir para o Sonho de Esmeralda de Ysera. Mas Malfurion honrou seu acordo e entrou nas Estradas do Mundo Onírico. A sacerdotisa despediu-se e jurou que eles nunca estariam longe se se mantivessem fiéis ao verdadeiro amor.

Deixada só para proteger Kalimdor dos perigos do novo mundo, Tyrande juntou uma poderosa força de defesa nas florestas élficas, constituída por suas irmãs Elfas Noturnas, exímias guerreiras e druidas. Elas foram conhecidas como as destemidas mulheres guerreiras e, empenharam-se na defesa de Kalimdor: “As Sentinelas”, foi como ficaram conhecidas. Patrulhavam constantemente as florestas sombrias de Ashenvale e arredores.

O semideus Cenarius permaneceu próximo ao Monte Hyjal. Seus filhos, conhecido como os “Keepers of the Grove” (ou também como os Protetores das Florestas), permaneciam zelando pelos Elfos Noturnos e estavam sempre prontos para ajudar as Sentinelas a manter paz na terra. Até mesmo as filhas tímidas de Cenarius, as dryads, estavam aparecendo ao ar livre com mais freqüência.

A tarefa de policiar Ashenvale manteve Tyrande ocupada, mas sem Malfurion ao lado dela, ela teve pouca alegria. Com o passar dos séculos enquanto os druidas dormiam, ela cultivava seu medo de uma segunda invasão demoníaca. Ela não podia parar de pensar que a Legião Flamejante ainda estava lá fora, além da Grande Escuridão do céu, tramando sua vingança contra os Elfos Noturnos e o mundo de Azeroth.

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