segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Capítulo 2.2

Os Guardiões de Tirisfal
2.700 anos antes de Warcraft I

Com o expurgo dos Trolls das terras do norte, os Elfos de Quel’Thalas dobraram seus esforços para reconstruir a sua gloriosa pátria. Os exércitos vitoriosos de Arathor voltaram para casa em Strom. A sociedade humana de Arathor cresceu e prosperou. Contudo o rei Thoradin, temendo que seu reino se separasse caso continuasse a se expandir, manteve Strom como centro do império de Arathorian. Depois de muitos anos calmos de crescimento e comércio, o poderoso Thoradin morreu de velhice, deixando as gerações mais jovens de Arathor livre para ampliar o seu império além das terras de Strom.

Os cem magos originais que foram ensinados nos modos de magia pelos Elfos ampliaram seus poderes e estudaram as disciplinas místicas dos feitiços muito mais detalhadamente. Estes magos, inicialmente escolhidos por sua força de vontade e espíritos nobres, sempre tinham praticado a suas magias com cuidado e responsabilidade; porém, eles passaram seus segredos e poderes para uma nova geração que não tinha tanto senso de responsabilidade nem humildade. Estes mágicos mais jovens começaram a praticar magia para seu ganho pessoal, sem qualquer responsabilidade para com a classe.

Como o império humano crescia e se expandia para novas terras, os jovens mágicos também se esparramaram nas terras do sul. Brandindo seus poderes místicos, os mágicos ajudaram seus irmãos das criaturas selvagens da terra e tornaram possível a construção da nova capital na selva. Ainda, com mais conhecimento e poderes, os magos sempre ficavam mais convencidos e isolados do resto da sociedade.
A segunda capital de Arathorian foi Dalaran fundada no norte das terras de Strom. Muitos feiticeiros fugidos deixaram para trás as restrições e enclausuramentos de Strom e viajaram a Dalaran onde eles esperavam poder usar seus novos poderes com maior liberdade. Estes magos usaram suas habilidades para construir os pináculos encantados de Dalaran e se aprofundavam mais e mais em seus estudos. Os cidadãos de Dalaran toleravam os empenhos dos magos e construíram uma economia sob a proteção dos magos defensores. Assim, cada vez mais os magos praticavam suas artes livremente ao redor de Dalaran.

Os agentes sinistros da "Burning Legion" , a qual tinha sido banida quando a Fonte da Eternidade se desmoronou , foram atraídos pelos indiscriminados feitiços praticados pelos magos em Dalaran. Embora estes agentes demoníacos fossem relativamente fracos e não possuísse muito vigor, eles causavam confusão e caos considerável nas ruas de Dalaran. A maioria destes encontros endiabrados eram eventos isolados, e o Magocrata governante fez o que pode para manter tais eventos escondidos do público. Os magos mais poderosos foram enviados para capturar os demônios errantes.

Depois de alguns meses os camponeses supersticiosos começaram a suspeitar que a ordem dos magos estivesse escondendo algo terrível deles. Rumores de uma revolução começaram a se espalhar pelas ruas de Dalaran. Os cidadãos paranóicos com os acontecimentos agora questionavam os motivos e as práticas dos magos, os quais antes eles tanto admiravam. O Magocrata, temendo que os camponeses se revoltassem e que Strom entrasse em ação contra eles, procurou a única possível resposta para a solução dos problemas: os Elfos de Quel’Thalas.

Ao ouvir as notícias do Magocrata, de que havia atividades malignas em Dalaran, atraídas pelo uso abusivo da magia, os Elfos despacharam rapidamente seus feiticeiros mais poderosos para as terras humanas. Os feiticeiros Elfos estudaram as correntes de energia em Dalaran e fizeram relatórios detalhados de toda atividade maléfica encontrada por ali. Concluíram que embora houvesse só alguns demônios soltos no mundo, a Legião permaneceria uma ameaça cada vez mais perto, com os humanos soltando e brandindo suas magias e feitiços de maneira irresponsável.

O Conselho de Silvermoon, que governava os Elfos de Quel’Thalas, firmaram um pacto secreto com o Magocrata de Dalaran. Os Elfos contaram para o Magocrata sobre a história de Kalimdor, a civilização milenar dos Elfos Noturnos e a antiga "Burning Legion”, uma história que ainda ameaçava o mundo. Eles informaram aos humanos que se eles usassem magias, eles precisariam proteger seus cidadãos coletivamente dos agentes malignos da Legião. O Magocrata propôs a idéia de autorizar um único campeão mortal que utilizaria seus poderes coletivos para lutar uma guerra secreta e sem fim contra a Legião. Ficou combinado entre eles que a maioria dos seres humanos comuns nunca soubesse sobre a ameaça da Legião Flamejante, por temerem a revolta, por medo e paranóia, dos camponeses e dos humanos não-magos. Os Elfos aceitaram a proposta e fundaram uma sociedade secreta que assistiria a forma de seleção do Guardião e ajudaria a parar a propagação do caos no mundo.

A sociedade celebrava suas reuniões secretas nas Clareiras escuras de Tirisfal, que era o lugar onde os Elfos Superiores tinham feito seu primeiro acampamento em Lordaeron, ao chegar pela primeira vez vindos de Kalimdor. Assim, eles nomearam a seita secreta de "Os Guardiões de Tirisfal". Foram muitos os campeões mortais que foram escolhidos para ser o Guardião, com poderes incríveis dos Elfos e a magia humana. Embora só houvesse um Guardião de cada vez, eles possuíam tanto poder acumulado de duas raças, que eles poderiam lutar sem dificuldade contra os agentes da Legião do Mal. O poder do Guardião era tão grande que só o Conselho de Tirisfal foi permitido escolher os sucessores em potencial de tal cargo. Sempre que um Guardião ficava muito velho ou cansado da guerra secreta contra caos, o Conselho escolhia um novo campeão, sobre condições controladas, e formalmente eles passavam o poder do Guardião para um novo agente.

Com o passar das gerações, os Guardiões defenderam a humanidade da ameaça invisível da "Burning Legion" ao longo das terras de Arathor e Quel’Thalas. Arathor cresceu e prosperou junto com o uso e a expansão da magia ao longo do império. Enquanto isso, os Guardiões mantiveram-se alertas e cuidadosos para sinais de atividade endiabrada.

Ironforge - o Despertar dos Anões
2.500 anos antes de Warcraft I

Em eras remotas, após os Titãs partirem de Azeroth, seus filhos, conhecidos como térreos, que habitavam os subterrâneos, continuaram moldando e vigiando o mundo. Os térreos não se preocupavam com os acontecimentos das raças da superfície terrestre e só desejavam explorar as profundezas escuras da terra.

Quando o mundo foi dividido pela implosão da Fonte da Eternidade, os térreos foram profundamente afetados. Absorvendo as dores da fragmentação do continente, os térreos perderam grande parte de sua identidade e de seus objetivos. Para se recuperarem e se protegerem de outra catástrofe, eles fecharam a si próprios em câmaras de pedra, localizadas dentro das milenares cidades Titãs subterrâneas, onde foram originalmente criados. Uldaman, Uldum, Ulduar. . . eram os nomes das cidades Titãs subterrâneas onde os Titãs viviam, na época do amoldamento de Azeroth, e onde os térreos nasceram e tomaram forma . Enterrando-se nas profundezas do mundo, os térreos descansaram em paz por quase oito mil anos.
Embora esteja incerto o que os despertou, os térreos que estavam lacrados dentro da cidade de Uldaman, vieram a acordar da hibernação auto-imposta. Estes térreos surpreenderam-se com as modificações corporais que tinham sofrido durante seu longo sono. As suas peles, antes rochosas, tinham amolecido e se tornado pele lisa, e seus poderes e habilidades sobre pedra e a terra tinham minguado. Elas tinham se tornado criaturas mortais.

Autodenominando-se ANÕES, os outrora térreos atravessaram os corredores de Uldaman e arriscaram-se a andar no mundo exterior pela primeira vez. Uma vez lá fora, procuraram estabelecer um reino. Sempre apaixonados pelas maravilhas das profundezas da terra e para a segurança e proteção dos seus, eles fundaram um vasto reino debaixo da montanha mais alta da terra. Eles nomearam sua terra de Khaz Modan, ou "Montanha de Khaz", em honra ao Titã moldador, Khaz’goroth. Então, construindo um altar para seu pai Titã, os anões fizeram uma forja poderosa dentro do coração da montanha (Forja é uma fornalha de que se servem os ferreiros e outros artífices para incandescer os metais para serem trabalhados numa bigorna). Assim, a cidade que cresceu ao redor da forja viria um dia a ser chamada Ironforge.

Os anões eram fascinados por natureza com o moldar de gemas e pedras. Mineraram as montanhas da região buscando riquezas e metais preciosos. Contentes com o seu trabalho no subsolo do mundo mantiveram-se isolados dos assuntos dos seus vizinhos da superfície por um longo tempo.

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