segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Capítulo 1.1

A criação do universo e o surgimento dos Titãs

O Começo dos tempos

A origem do Universo em Warcraft permanece uma incógnita. Teorias científicas cósmicas apontam que o universo foi criado por uma grande explosão, o “Big Bang”. Assim, os astros, as estrelas e os planetas foram formados e dispersados no Great Dark (Grande Escuridão), constituindo o Universo.

Teorias religiosas acreditam que esse “Big Bang” existiu, mas não seria apenas um fenômeno físico, e sim o início da criação máxima de um deus todo-poderoso onipotente, hipótese apoiada pelos sacerdotes de Northshire Abbey (Azeroth), e que há muito já faziam referências e exaltavam um criador único que seria responsável pela criação de todo o Universo e a fonte sagrada de poder de paladinos e sacerdotes, a ”Holy Light” (Luz Sagrada) como é conhecida.

Embora sua origem exata ainda permaneça incerta, está claro que após o surgimento do Universo e sua expansão até a forma atual que conhecemos (Galáxias, Sistemas, Estrelas e Planetas), uma raça de seres poderosos surgiu, não se sabe de onde, para trazer estabilidade a vários mundos e assegurar um futuro seguro para os habitantes primitivos dos diversos planetas: esses seres foram chamados de “Titãs”.

Esses seres colossais, de pele metálica, verdadeiros deuses das mais distantes partes do cosmos, os Titãs exploravam o universo recém-criado e logo começaram a moldar os mundos que encontravam pela frente. Deram forma a vários planetas, erguendo poderosas montanhas e profundos e vastos vales e oceanos. Eles até mesmo conferiram poderes a algumas raças primitivas, nos diversos planetas por onde passavam, a fim de ajudarem na proteção dos respectivos mundos por eles vigiados. Tudo parecia fazer parte de um grande plano orquestrado para trazer ordem ao caos primitivo original. Regidos por um único conselho denominado o Panteão, os Titãs trouxeram ordem a centenas de milhões de mundos dispersos por toda a Grande Escuridão, durante as primeiras eras da criação.

O Panteão, cujo propósito principal era trazer estabilidade e tranqüilidade aos diversos mundos, estava sempre vigilante contra a ameaça de possíveis ataques de entidades malignas extra-dimensionais do caótico Twisting Nether - o chamado Submundo Inferior. O Submundo Inferior consistia de uma dimensão etérea de magia maligna caótica, que se conectava por portais ao nosso universo físico. Lar de incontáveis seres maléficos e demoníacos que desejavam destruir toda forma de vida e absorver suas energias.

Para produzir o caos em nosso universo precisavam primeiramente se transferir do interespaço do Submundo para nossa dimensão física. Uma vez atravessados os portais de acesso ao nosso universo, procuravam iniciar a conquista dos mundos através do domínio dos seus habitantes. Para tal, usavam táticas furtivas indiretas, como corromper ou perverter as diferentes raças e espécies, ou diretamente, através da encarnação e ocupação dos corpos dos seres mais vulneráveis. Em última instância, podiam se transportar em carne e osso para nosso plano físico em suas formas grotescas originais. Aí permaneciam com sua aparência repugnante inalterada ou então optavam por sofrer um processo de transmutação corporal para alcançar aparências benignas e saudáveis e assim se infiltrar nas sociedades do planeta-alvo e corromper seus líderes. Assim buscavam erguer um império das trevas, atraindo adeptos e buscando fontes de magia para perpetuar seu poder. Verdadeiros infernos físicos eram soerguidos nestes mundos por eles corrompidos.


Os Titãs, temendo a proliferação de todo este mal e vendo o caos se infiltrar onde antes só havia ordem, passaram a estudar uma maneira de colocar fim à emergente ameaça demoníaca proveniente do Submundo Inferior.

Sargeras e a Traição

Com o passar do tempo, as entidades malignas passaram a atacar as criações dos Titãs e ganharam muito espaço. O Panteão elegeu então seu maior titã-guerreiro, Sargeras, que há milênios cruzava o universo destruindo demônios e defendia as criações dos Titãs. Sargeras, um gigante nobre de bronze fundido, levou a cabo os seus deveres e durante vários anos caçou e destruiu seres malignos. Até que Sargeras encontrou duas raças demoníacas muito poderosas (os Eredar e os Nathrezim), que estavam brigando para ganhar o poder e domínio do universo físico. Os Eredar eram uma raça insidiosa de feiticeiros diabólicos que usavam suas bruxarias malignas para invadir e escravizar vários mundos. Os Nathrezim, raça escura de demônios vampiros (também conhecido como Dreadlords), conquistaram também vários mundos e corromperam milhares de cidades, consumindo as almas dos seus habitantes e escravizando os seus corpos.

Incialmente, Sargeras foi enviado pelo Panteão para destruir os demônios da raça Eredar. Sargeras travou uma batalha terrível contra estas criaturas, conseguindo bani-las. Mas a batalha com os magos negros de Eredar trouxe graves conseqüências, pois Sargeras teve sua alma corrompida e passara a cair aos poucos nas trevas que tão valentemente combatia. A corrupção de Sargeras continuou crescendo e tomando conta dele.

Ate que mais uma vez ele foi enviado para lutar, agora contra a outra raça de demônios, os Nathrezim (Dreadlords), chamados de “Cavaleiros do Terror”. Sargeras derrotou facilmente os Nathrezim, mas sua corrupção espiritual só se aprofundou. Com a razão distorcida pelas trevas, Sargeras enlouqueceu. Quando a dúvida e o desespero destruíram seus últimos vestígios de sensatez, ele perdeu toda a fé! Toda a fé não apenas em sua missão, mas também na visão que os Titãs possuíam de um universo ordenado. Ele chegou à paranóica conclusão pessoal de que o conceito de ordem, por si, era tolice, e que caos e degradação eram o caminho único a ser seguido. Seus companheiros Titãs tentaram argumentar e mostrar seus erros e acalmar suas emoções, mas já era tarde demais. Abandonando as fileiras do Panteão para sempre, Sargeras pôs-se à procura do seu próprio lugar no universo.

Tomado pela loucura total ao abandonar os seus semelhantes, Sargeras consumiu os últimos vestígios de seu valoroso espírito. Até mesmo sua forma titânica tornou-se distorcida pela degradação que atacou seu ser. Seus olhos, cabelo e barba explodiram em fogo e sua pele metálica abriu-se ao meio, revelando uma nova feição grotesca.

Ensandecido e delirante, passou a acreditar que os próprios Titãs tinham sido os responsáveis pela falha na criação do universo e que o conceito de ordem era a loucura suprema. E que, o caos e a depravação seriam absolutamente necessários para um novo universo e deveriam ser impostos a todo o universo na base da força. Passou a culpar seus irmãos pela fraqueza do universo civilizado e abraçou a cruzada pelo mal. Para isso iniciou seu recrutamento de poderosos seres malignos e criaturas banidas, para formar um exército imbatível e impor pela força sua filosofia do caos.

Sargeras destruiu as prisões dos Nathrezim e libertou os repugnantes demônios. Essas criaturas se curvaram ante a raiva do Titã Negro e ofereceram servi-lo de qualquer forma.

A Corrupção dos Eredars

Algum tempo depois os eredars, uma raça brilhante com afinidade para a magia, atraiu a atenção de Sargeras para a terra natal deles, Argus. O Titã Caído ofereceu poder além da imaginação para os três líderes dos eredars – Kil’Jaeden, Archimonde e Velen – em troca de uma lealdade inquestionável. Porém uma visão perturbadora veio até Velen, que viu os eredars transformados em impronunciáveis demônios, os futuros líderes do exército de Sargeras, que iria crescer até proporções colossais e dizimaria toda a vida que encontrasse.

Apesar das tentativas de Velen de alertar seus amigos, Kil’Jaeden e Archimonde decidiram aceitar a oferta de Sageras. Velen desesperou-se com a decisão de seus antigos companheiros e então rezou por ajuda. Para a sua surpresa e alívio, suas preces foram respondidas pelos benevolentes naarus. Esses seres de energia haviam, assim como Velen, previsto o mal que seria causado pelo Titã Caído.

Os naarus ofereceram-se para guiar Velen e quaisquer outros crentes até um local seguro. Velen quietamente reuniu aqueles entre os seus seguidores eredars que pareciam confiáveis e os batizou de “draeneis” (que em eredun significa “os exilados”). Os draeneis conseguiram escapar por pouco, antes que Sargeras voltasse para cumprir sua promessa. Furioso pela traição de seu antigo companheiro, Kil’Jaeden jurou perseguir Velen e seus seguidores draeneis até os confins da existência.

Quando Sargeras voltou para Argus ele transformou os eredars em demônios. Sargeras escolheu seus dois campeões para comandar seu exército demoníaco de destruição: Kil’Jaeden, o Enganador, que foi escolhido para procurar as raças mais sombrias do universo e as recrutar para servir ao titã, e Archimonde, o Profanador, que foi escolhido para conduzir os vastos exércitos de Sargeras em batalha contra qualquer um que resistisse à Legião.

O primeiro movimento de Kil’Jaeden foi escravizar os vampíricos Nathrezim sob de seu terrível poder. Os Lordes do Horror serviram como seus agentes pessoais ao longo do universo, deleitando-se em prazer ao localizar e subjugar raças primitivas para seu mestre corromper. O primeiro entre os Lordes do Horror era Tichondrius, o Senhor das Trevas. Tichondrius serviu Kil’Jaeden como um soldado perfeito e concordou em levar em nome de Sargeras o testamento ardente para todos os cantos escuros do universo.

A Archimonde, o segundo tenente Eredar, foi delegado à missão de liderar o vasto exército nas batalhas contra qualquer um que ousasse resistir à vontade do Titã. Ele convocou os maléficos Pit Lords, entidades macabras conhecidas como “os senhores das tumbas”, e seu líder bárbaro, Mannoroth, o Destruidor, e com a sua ajuda reuniu um exercito de demônios com o único objectivo de destruir toda a vida. Archimonde queria criar uma elite lutadora que expurgaria a criação de toda a vida.

Assim que os exércitos de Sargeras foram recrutados e estavam prontos para seguir seu comando, ele lançou suas forças enfurecidas na imensidão da Grande Escuridão. Ele batizou o seu exército de Legião Flamejante (Burning Legion). A partir desta data ainda obscura, eles consumiram e queimaram tantos mundos quanto possível na sua profana Cruzada Ardente (Burning Crusade) pelo universo.

Sargeras se referia a seu crescente exército como a Legião Flamejante (Burning Legion). Incontáveis mundos iriam ser consumidos e queimados na profana Cruzada Flamejante através do universo.


A Chegada a Azeroth e a Guerra com Os Deuses Velhos
- Há milhões de anos atrás –

Sargeras silenciosamente recrutava seu exército do mal. Os Titãs, embora já cientes de sua incurável insanidade, julgavam-no inofensivo e estavam alheios aos reais planos nefastos do Titã Negro. Assim, voltaram suas costas para ele e continuaram sua viagem de mundo em mundo na tentativa de trazer ordem aos caos, moldando novos mundos.

Em sua tarefa de moldar os mundos, os Titãs acharam um pequeno planeta que futuramente viria a ser conhecido como Azeroth.

O trágico histórico de guerras de Azeroth estava prestes a começar, a primeira de muitas guerras para sua dominação!!! Assim, os Titãs ao iniciarem seus trabalhos sobre o solo de Azeroth, esbarraram aí com seres nativos denominados elementais, um tanto hostis à presença súbita dos Titãs. Estes seres adoravam um grupo de poderosos indivíduos malignos conhecidos apenas como os “velhos deuses ou deuses antigos”. Os Elementais passaram então a se mobilizar para expulsar os titãs do seu planeta e manter seu mundo inviolado.

O Panteão, perturbado pela súbita resistência local e pela propensão dos seres elementais e de seus deuses, para o mal, iniciou uma guerra contra eles. O exército dos deuses antigos era dirigido por quatro tenentes elementais: Ragnaros, o Senhor do fogo; Therazane, a Mãe da Terra; Akir, o Senhor do Vento e Neptulon, o Caçador dos Mares. Suas forças malignas colidiram violentamente contra os Titãs. Embora os elementais fossem poderosos além da compreensão mortal, as forças combinadas deles não puderam parar os poderosos Titãs.

Os titãs derrotaram os deuses antigos e os elementais e os baniram para as profundezas inóspitais e frias do subsolo de Azeroth, abaixo da superfície do mundo, local chamado plano abissal, aonde foram aprisionados. Com o fim da guerra a natureza acalmou, e o mundo restabeleceu harmonia e traquilidade. Os Titãs vendo que a ameaça havia sido controlada reiniciaram seu trabalho de moldar Azeroth.

Assim, por muitos e muitos anos os Titãs moldaram o mundo até que ao seu centro nasceu um grande, único e perfeito continente. Ao centro deste continente, os Titãs fizeram um maravilhoso lago cintilante azul, que foi chamado de Well of Eternity (Fonte ou Poço da Eternidade), um lago místico de energia, fonte constante de energia para este novo mundo, do qual todas as criaturas do continente poderiam retirar energia para que pudessem crescer, evoluir e prosperar. Com o passar do tempo, plantas, árvores, monstros, e criaturas de todos os tipos começaram a povoar o continente primordial. Como o crepúsculo caiu no dia final de trabalho dos Titãs, eles nomearam o continente de Kalimdor: “terra eterna de luz estrelada”.


A construção de Azeroth.
- Há algumas centenas de anos atrás –

Assim, por muitos e muitos anos os Titãs moldaram o mundo. Montanhas surgiam, oceanos e mares se formavam. Até que ao seu centro nasceu um único e perfeito continente. Ao centro deste grande continente os Titãs fizeram um maravilhoso lago cintilante azul, que foi chamado de Well of Eternity (Fonte ou Poço da Eternidade), um lago místico de energia, fonte constante de energia para este novo mundo, do qual todas as criaturas poderiam retirar energia para que pudessem crescer, evoluir e prosperar.

A natureza floresceu, os animais se multiplicaram e milhares de seres de todos os tipos e raças habitaram-no. Com o passar do tempo o continente primordial se tornou colonizado . Como o crepúsculo caiu no dia final de trabalho dos Titãs, eles nomearam o continente de Kalimdor: “terra eterna de luz estrelada”.

Os Deuses Antigos

Após a partida do Panteão uma grande calamidade caiu sobre o jovem mundo de Azeroth. As entidades entrópicas de puro caos conhecidas como Deuses Antigos vieram dos confins vazios da Grande Escuridão e o mundo cedeu em suas fundações diante de seus inimagináveis poderes sombrios. As criações dos titãs foram destruídas ou sofreram um destino muito pior, tornando-se frágeis pela Maldição da Carne.

Quando os titãs descobriram o que havia ocorrido com suas jovens criações eles retornaram. O Panteão enfrentou os Deuses Antigos, o que causou a maior batalha que Azeroth viria a conhecer. Os titãs foram vitoriosos nesse confronto entre deuses, mas o domínio maligno dessas entidades caóticas sobre Azeroth havia crescido tanto que destruí-los iria acarretar na aniquilação do plano, pois a sua infecção os havia ligado simbioticamente à criação dos titãs. Então em vez de destruí-los, o Panteão neutralizou seus poderes prendendo-os abaixo da superfície do mundo pelo resto de sua existência.

Depois disso os titãs recriaram as raças que haviam sido infectadas pela Maldição da Carne e empregaram uma série de mecanismos de defesa, como os titãs vigilantes que ficaram para trás nas instalações de Ulduar, Uldaman e Uldum.

Os Dragões e os Grandes Aspectos

Satisfeitos pelo pequeno mundo que tinha sido ordenado e que o seu trabalho estava terminado, os titãs prepararam-se para deixar Azeroth. Porém, antes de partirem, eles deixaram a cargo das maiores espécies do mundo a tarefa de cuidar de Kalimdor, para que não houvesse qualquer força que ameaçasse sua tranqüilidade perfeita. Naquela época havia muitas esquadrilhas de dragões, e dentre elas, cinco se destacavam. Foram estas cinco esquadrilhas que os Titãs escolheram para cuidar do mundo que brotava. Os maiores membros do Panteão saturaram uma porção do seu poder em cada um dos líderes dessas esquadrilhas. Estes dragões majestosos ficaram conhecidos como os Grandes Aspectos, ou os Aspectos de Dragões (Dragon Aspects)

Aman'Thul, o Grande Pai do Panteão, deu uma porção de seu poder cósmico para o volumoso dragão de bronze, Nozdormu. O Grande Pai incumbiu Nozdormu de vigiar o próprio tempo e policiar os caminhos que influenciam a eterna mudança do destino. O estóico e honorável Nozdormu ficou conhecido como “o Atemporal”.

Eonar, a Patrona de Toda a Vida, deu uma porção do seu poder à dragoneza vermelha, Alexstrasza. Desde então Alexstrasza seria conhecida como “a Provedora da Vida”, e ela trabalharia para salvaguardar todas as criaturas deste mundo. Devido à sua imensa sabedoria e compaixão ilimitada para com todas as coisas vivas, Alexstrasza foi coroada a Rainha dos Dragões recebendo assim o domínio sobre o seu tipo.

Eonar também abençoou a irmã mais jovem de Alexstrasza, a dragoneza verde Ysera, com uma porção de influência sobre a natureza. Ysera entrou em um transe eterno, conectada ao recém surgido Sonho da Criação. Conhecida como “a Sonhadora”, ela iria manter vigília sobre as áreas selvagens a partir de seu reino, o Sonho Esmeraldino (Emerald Dream).

Norgannon, o Guardião do Conhecimento e Mestre da Mágia, concedeu ao dragão azul, Malygos, uma porção de seu vasto poder. Dali em diante, Malygos seria conhecido como “o Tecelão de Feitiços”

Khaz'goroth, o Forjador de Mundos, deu parte de seu vasto poder para o poderoso dragão negro, Neltharion, que posteriormente viria a ser chamado de “o Protetor da Terra”. Ele recebeu o dominio sobre a terra e os lugares profundos do mundo. Ele encarnou a força do mundo e serviu como o maior partidário de Alexstrasza.

Assim os Cinco Aspectos foram encarregados da defesa do mundo na ausência do Panteão. Com os dragões preparados para salvaguardar a criação deles, os titãs deixaram Azeroth pra trás para sempre. Infelizmente, era só uma questão de tempo antes que Sargeras soubesse da existência do mundo recém-nascido…

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