segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Capítulo 1.2

A Ascensão da Civilização dos Trolls

(16.000 anos antes dos eventos do jogo Warcraft 1)

Muito tempo antes dos orcs e Humanoos colidirem em sua Primeira Guerra, o mundo de Azeroth era um só continente volumoso, cercado pelo mar. Aquele grande continente, conhecido como Kalimdor, abrigou várias raças e criaturas que competiam pela sobrevivência entre os elementos selvagens do mundo que despertava. No centro do escuro continente estava um lago misterioso de energias incandescentes. O lago, que seria chamado depois de Fonte da Eternidade, era o verdadeiro coração da magia e poder natural do mundo. Tirando suas energias da infinita Grande Escuridão além do plano, o lago agia como uma fonte mística, que enviava suas potentes energias pelo mundo para nutrir a vida em todas suas formas maravilhosas.

Entre as muitas raças que surgiam no continente, uma se sobressaiu e cresceu até formar um império. Eram os trolls da tribo Zandalar, da qual todos os trolls modernos descendem. No geral, os Zandalari valorizavam o conhecimento acima de todo o resto, mas ao invés disso, uma porção significativa da tribo possuía uma grande sede de conquista. Esses trolls descontentes eventualmente partiram para formar suas próprias tribos. Com o passar do tempo os remanescentes da tribo Zandalar passaram a ser considerados como uma casta autoritária de sacerdotes para todos os trolls. Os Zandalari trabalharam sem descanso para registrar e preservar a história e as tradições dos trolls, e esses sábios atuaram para o bem da civilização troll como um todo. Amplamente respeitados pelos seus iguais, os Zandalari permanecem até os dias de hoje envolvidos com as políticas do seu povo.

A partir das tribos que se separaram dos Zandalari, dois impérios troll ascenderam. O Império de Gurubashi nas selvas do Sudeste e o Império Amani nas florestas meridionais. Muitas tribos menores acabaram mais longes das terras civilizadas, parando no extremo Norte onde se estabilizaram na região que depois passaria a ser conhecida como Fenda do Norte. Essas tribos formaram uma nação menor chamada Zul’Drak, mas esse reino nunca atingiu o tamanho e a prosperidade dos impérios do sul.

Os dois impérios dos trolls tinham pouco amor um pelo outro, mas seus conflitos raramente chegavam até o ponto da guerra. Naquela época o maior inimigo deles era um terceiro império, a civilização de Azj’Aqir. Os aqirs eram uma raça de insectóides inteligentes que reinavam nas terras do extremo oeste. Esses sagazes insectóides eram extremamente expansionistas e incrivelmente malignos. Os aqirs eram obcecados em erradicar toda a vida não insectóide das terras de Kalimdor.

Os trolls combateram os aqirs por mil anos, mas nunca conseguiram obter uma vitória definitiva. Eventualmente, devido à persistência dos trolls, Azj’Aqir partiu-se ao meio. Seus cidadãos partiram para colônias isoladas nas regiões extremas do continente. Duas cidades-estados dos aqirs emergiram Ajol’Nerub nas tundras do Norte e Ahn’Qiraj no deserto do Sul. Embora os trolls suspeitassem que houvesse outras colônias de aqirs sob Kalimdor, suas existências nunca foram verificadas. Com os insectóides exilados, os dois impérios troll retornaram aos seus negócios, sem nenhum dos dois expandir muito longe de suas fronteiras originais.

Os Primórdios de Azeroth e a Fonte da Eternidade

Há cerca de 10 a 15 mil anos antes da primeira guerra entre orcs e humanos, o mundo de Azeroth era um só continente grandioso, cercado pelo mar e ficou conhecido como Kalimdor. Ele albergou várias raças e criaturas diferentes que competiam pela sobrevivência entre si. Ao centro do continente estava um lago misterioso de energias incandescentes, chamado de Fonte da Eternidade. Era o verdadeiro coração de energia e magia do mundo e nutria com seu poder todas as formas de vida existentes, embora estas criaturas, racionais ou não, desconhecessem seu poder.

Dentre esses seres, uma tribo primitiva de aspecto humanóide e hábitos noturnos se estabeleceu às margens do lago. Seus habitantes inicialmente ignoravam seu grande poder. A tribo adotou o nome Kaldorei, que significa “as crianças das estrelas”, em sua língua nativa. Os Kaldorei, ou Elfos Noturnos, como eles seriam conhecidos depois, adoravam a deusa da lua, Elune, e acreditavam que ela dormia dentro das profundezas do Lago. Com o passar dos anos e a proximidade de suas moradias à Fonte da Eternidade, o poder cósmico do lago passou a afetar profundamente a tribo, fazendo-os fortes, sábios e virtualmente imortais. Assim acordaram para os poderes do Lago e seus sacerdotes e magos estudaram a fundo a Fonte com uma curiosidade insaciável, buscando desvendar seus segredos.

Como sua sociedade apresentava grande prosperidade e notável crescimento demográfico, os Elfos Noturnos passaram a explorar novas áreas do extenso continente de Kalimdor e a ter contato com novas raças. Encontraram então os Grandes Aspectos do Dragão. Com sua sabedoria, os Elfos descobriram que aquelas criaturas eram os verdadeiros Dragões Guardiões daquele mundo, e que apesar de quase sempre ocultos, já tinham protegido Azeroth de inúmeras ameças até aquela data. Concluíram que o melhor a fazer era manter esta preciosa informação em segredo.

Com o tempo, os Kaldorei adquiriram enorme conhecimento sobre os poderes da Fonte o que lhes permitiu estudar magia arcana. Estes estudos os fizeram entrar em contato com poderosos seres e criaturas de Kalimdor, a maior delas Cenarius, o semideus das florestas. Cenarius construiu uma sólida e sincera amizade com os Elfos, e lhes ensinou uma infinidade de coisas sobre a natureza. Em conseqüência disto, os Kaldorei desenvolveram extrema empatia pelas florestas e pelas coisas da natureza.

A sociedade dos Elfos Noturnos, com os poderes gerados pela proximidade da Fonte, em especial a virtual imortalidade de seus membros, ampliou vastamente seu território e cultura. Seus templos, estradas, e habitações foram espalhados pelo continente.

Azshara, a bela e poderosa rainha escolhida pelos Elfos Noturnos para governar, construiu um imenso e maravilhoso palácio nas margens do Lago, onde convivia dentro de seus corredores com seus empregados pessoais que dispunham de certas regalias, e também maiores liberdade de poderes mágicos. Estes servos foram chamados por ela de Quel’dorei ou “Highborne” ou Elfos Superiores. O líder dos Highborne era chamado de Dath’Remar Sunstrider. Todos eles idolatraram a rainha cegamente por todo seu reinado e achavam a si próprios superiores ao resto dos seus irmãos. Embora a Rainha Azshara fosse amada igualmente por todas as pessoas, os Highborne foram invejados e repugnados secretamente pelo resto dos elfos.

A rainha Azshara, com insaciável curiosidade sobre os poderes da Fonte da Eternidade, ordenou aos seus servos pessoais, os Highborne, para estudarem a fundo os segredos e as energias do poço a fim de desvendar seu verdadeiro propósito neste mundo. Os Highborne se enterram em seus trabalhos de estudar o Poço. Por fim, desenvolveram a habilidade de manipular e controlar suas energias cósmicas. Embora eles concordassem que aquela magia era perigosa de controlar, Azshara e seus Highborne se sentiram tentados ao domínio total dos poderes e começaram a praticar os seus feitiços vorazmente. Cresciam mais e mais em poder e passaram a abusar do uso da mágica.

Cenarius e muitos Elfos Noturnos advertiram sobre a calamidade que seria o resultado de brincar com as artes claramente voláteis da magia, mas mesmo assim, Azshara e seus seguidores continuaram obstinadamente a ampliar seus poderes. Com tempo, Azshara e o Highborne foram se distanciando de seus irmãos Kaldorei, tratando-os com progressiva arrogância e indiferença.

Malfurion Stormrage, um jovem Elfo Noturno, estudante das artes primitivas do druidismo, e aprendiz de Cenarius, começou a suspeitar que um poder terrível estivesse corrompendo os Highborne e a rainha amada deles. Embora ele não pudesse conceber o mal que estava por vir, ele soube que as vidas dos Elfos Notunros seriam mudadas logo e para sempre. . . .


A Guerra dos Anciões
10.000 anos antes de Warcraft I

A irresponsabilidade dos “High Borne” viria a trazer conseqüências caras. O uso abusivo e impulsivo da poderosa magia da Fonte da Eternidade enviou ondulações de energia por todo o Universo. As ondulações fluindo pelo cosmos foram captadas e descobertas pela mente demoníaca de Sargeras, o Grande Inimigo de toda a vida. Ele sentiu as ondulações potentes e foi atraído ao seu distante local de origem: Azeroth! Espiando o mundo primordial de Azeroth e sentindo as poderosas energias da Fonte da Eternidade, Sargeras foi consumido por uma sede insaciável de adquirir aquele poder ilimitado. O que antes havia sido criado pelos poderosos Titãs para criar e semear a vida no planeta poderia servir agora de fonte de poder infinito para o Titã do Mal destruir o Universo.

Sargeras começou então a preparar a invasão catastrófica de Azeroth. Convocou sua vasta Legião Flamejante (“Burning Legion”), formada por milhões de demônios caóticos de todos os confins do universo, e iniciou a viagem rumo a Azeroth.

(Do Submundo Inferior - Twisting Nether - a Burning Legion prepara a invasão de Kalimdor. Sargeras ao fundo, com seus tenentes macabros ao lado, e o exército infernal pronto para atacar, à espera da abertura do Portal para Azeroth.)

A Rainha Élfica Azshara, seduzida pelo grande poder mágico de Sargeras (que lhe prometera poderes infindáveis), acabou vítima de sua própria ambição, e concordou em conceder a Sargeras a entrada para Azeroth. Seus servos Highborne entregaram-se também à corrupção da magia e começaram a adorar Sargeras como deus. Por fim, ajudaram sua rainha Azshara a abrir um grande Portal Mágico para Sargeras e sua Legião Flamejante. (vide foto acima da Rainha Azshara começando a abrir o portal para a BURNING LEGION)

Assim, a “Burning Legion”, conduzida pelos tenentes macabros de Sargeras, Archimonde e Mannoroth, ultrapassou o portal e iniciou a invasão. As cidades Élficas mais próximas do Lago foram as primeiras a serem arrasadas. Os feiticeiros Eredar, uma vez em Azeroth, invocaram chuvas de meteoros flamejantes infernais, que ao chocarem sobre o solo de Kalimdor libertavam gigantes flamejantes de pedra. O Exército do Mal avançava sobre Kalimdor, rápido e sem encontrar grande resistência, enquanto destruía e queimava tudo e todos em seu caminho. Embora os Elfos Noturnos tentassem se defender, não era páreo para o Exército de Sargeras.

(Avanço das forças infernais sobre Kalimdor.)

Malfurion Stormrage, agora já um conceituado Elfo Druida, há tempos já vinha alertando e condenando o uso ambicioso da magia pelos Highborne, e acompanhava de perto a corrupção crescente dentre eles, inclusive a de seu próprio irmão gêmeo, chamado Illidan, assíduo adepto do uso abusivo das energias da Fonte. Malfurion convenceu-o a abandonar sua obsessão perigosa durante o ataque da Legião e ambos planejaram escapar, juntamente com a sacerdotisa Tyrande Whisperwind, e procurar Cenarius para reunir uma força de resistência.

A sacerdotisa jovem e bonita concordou em acompanhar os irmãos em nome da deusa Elune. Embora Malfurion e Illidan compartilhassem um amor pela sacerdotisa, o coração de Tyrande já pertencia a Malfurion.

Illidan ficou ressentido em ver seu irmão iniciar um romance com Tyrande, mas a dor de seu coração não era nada comparada à dor da abstinência da Magia dos Highborne que havia abandonado. Illidan, que era dependente das energias mágicas dos Highborne, lutou para se manter controlado a fim de evitá-las, apesar da fome opressiva para consumir as energias da Fonte da Eternidade ao menos mais uma vez. Porém, com o apoio paciente de Tyrande, ele pôde se conter e ajudar seu irmão a achar o semi-deus recluso, Cenarius.

Cenarius, que vivia dentro das Clareiras Lunares Sagradas (Moonglades) do distante Monte Hyjal, concordou em ajudá-los.


Para isto, Cenarius prcurou os Antigos Dragões Protetores de Azeroth (os Cinco Grandes Aspectos) e recrutou-os para a força de resistência. Os Cinco Dragões, conduzidos pelo grande dragão vermelho, Alexstrasza, iniciaram imediatamente o ataque aéreo contra as forças macabras da “Burning Legion”. Cenarius, convocando os espíritos das florestas encantadas, reuniu rapidamente um exército de antigos homens-árvore e os conduziu contra a Legião, em uma surpreendente operação terrestre.

Assim, Malfurion, Illidan e Tyrande, liderando um grande exército de Elfos Noturnos e todos os seus aliados recém convocados, rumaram para a cidade da capital élfica, onde estava o templo de Azshara, às margens da Fonte da Eternidade, e iniciaram um contra-ataque poderoso contra a Legião Flamejante.

Enquanto uma batalha épica e sangrenta assolava a cidade e seus arredores, a rainha élfica traidora, Azshara, esperava ansiosa a chegada de Sargeras. Ele já se preparava para cruzar o Portal Mágico e planejava adentrar no mundo de Azeroth já devastado por seu Exército da Perdição, apenas para consumar a posse das Energias do Lago. Porém com suas dimensões titânicas, seria impossível Sargeras cruzar o portal. Azshara deveria reunir seus mais poderosos seguidores Highborne e unindo as suas magias poderiam criar um portal grande o bastante para Sargeras entrar.

Ao mesmo tempo em que a batalha se intensificava pelos solos devastados de Kalimdor, uma terrível reviravolta de eventos ocorreu. Neltharion, o Aspecto de Dragão Guardião da terra, após lutar furiosamente contra a Legião Flamejante, enlouqueceu e se corrompeu, e dele emergiu um ser escuro de fogo e ódio.

Se autodenominando Deathwing, o novo dragão flamejante se virou contra seus irmãos dragões voadores no campo de batalha. Feridos e chocados, Alexstrasza e os outros dragões nobres foram forçados a abandonar seus aliados mortais. Malfurion e seus companheiros, grandemente excedidos em número, agora, se encontravam quase sem esperanças.

Malfurion, convencido de a Fonte da Eternidade era a ligação umbilical dos demônios para com o mundo físico, insistiu para que o Lago fosse destruído. A Sociedade dos Elfos Noturnos, sabendo que o Lago era a fonte da sua imortalidade e poderes, ficou horrorizada pela idéia precipitada. Tyrande viu sabedoria na teoria de Malfurion, e convenceu Cenarius e seus aliados a atacar o templo de Azshara para salvar Kalimdor.


A GRANDE FENDA DO CONTINENTE DE KALIMDOR E A DIVISÃO DO MUNDO

A Fragmentação do Mundo

Sabendo que a destruição do Lago o impediria de praticar novamente da inebriante magia, Illidan, muito egoísta, abandonou o grupo e teve a idéia advertir os Highborne do plano de Malfurion. Dominado pelo vício pela magia e pelo ciúme de seu irmão com Tyrande, Illidan não sentia nenhum remorso em trair Malfurion e apoiar Azshara. Acima de tudo, Illidan ansiava por proteger a Fonte da Eternidade de qualquer maneira, não importando os meios necessários para isso, nem suas conseqüências.

Com o coração partido pela partida de seu irmão, Malfurion conduziu seus companheiros até o coração do templo de Azshara. No entanto, ao invadirem a câmara de principal do templo, flagraram os Highborne já no meio do seu encantamento final para alargar o portal para o Lord da Burning Legion passar. O feitiço coletivo dos Highborne criou um vórtice instável de poder nas profundezas turbulentas do Poço, enquanto a sombra de Sargeras se aproximava do portal. Malfurion e seus aliados se apressaram em atacar o portal mágico.

Enquanto a batalha transcorria furiosa dentro e fora do templo, Illidan furtivamente apareceu das sombras perto das margens do grande lago e trazendo consigo um jogo de frascos especiais se ajoelhou e encheu cada um deles com as águas da Fonte. Convencido de que os demônios esmagariam a civilização dos Elfos Noturnos, ele planejava roubar as poderosas águas sagradas e mantê-las só para si.

Azshara, tendo recebido a advertência de Illidan, estava mais que preparada. Quase todos os seguidores de Malfurion tombaram ante os poderes da rainha traidora. Tyrande, enquanto tentava atacar Azshara por trás, foi pega pelos soldados Highborne, sofrendo graves ferimentos. Quando Malfurion viu seu amor cair, ele entrou em um frenesi assassino e estava decidido a acabar com a vida de Azshara. A violenta batalha entre Malfurion e Azshara abalou o delicado feitiço em andamento dos Highborne para alargar o portal. O vórtice instável nas profundidades do Lago explodiu e acendeu uma cadeia catastrófica de eventos que iriam rachar o continente.

A explosão grandiosa destruiu as bases do templo e suas fundações e provocou tremores de terra que logo se tornaram grandes terremotos. Estes destruíram as bases que sustentavam o solo do continente em toda aquela região central de Kalimdor, que desabou e foi rapidamente engolida pelas águas do mar. Quase oitenta por cento do grande continente de Kalimdor havia sido dinamitado e submergiu numa violência jamais vista desde a época de sua criação.

Após sua tomada pelas águas, sobraram apenas alguns continentes dispersos entre si e cercados pelo novo e furioso mar. Os três maiores continentes nascentes seriam chamados de Northrend, ao norte, Azeroth, a leste , e Kalimdor , a oeste . Ao centro, daquele novo mar, onde uma vez estava a Fonte da Eternidade, surgiu uma terrível tempestade, de marés furiosas de energia caótica. Esta cicatriz terrível, conhecida como o Maelstrom, nunca mais desapareceria. Permaneceria como uma lembrança constante da terrível catástrofe.

De alguma maneira, contra todas as probabilidades, a rainha Azshara e a elite de seus Highborne conseguiram sobreviver. Torturados pelos poderes que eles tinham libertado, Azshara e seus seguidores foram arrastados para baixo do mar furioso pela implosão da Fonte. Amaldiçoados , eles se transmutaram , assumindo novas formas grotescas, tornando-se as odiosas serpentes Nagas. Lá, no fundo do Maelstrom, as Nagas construíram para elas uma cidade nova, Nazjatar, da qual eles reconstituíram o seu poder. Levaria mais de dez mil anos antes das Nagas revelarem a sua existência para o mundo da superfície.

(Azshara na sua nova forma grotesca maldita)

Monte Hyjal e o Presente de Illidan

Após a grande inundação do supercontinente de Kalimdor, sua região central submergiu. Como quase todas as cidades élficas foramerguidas às margens da Fonte da Eternidade, elas foram rapidamente engolidas pela força invasora do mar, destruindo quase todos seus habitantes e suas construções milenares. Em poucos minutos, uma civilização milenar quase foi extinta.

Algumas dezenas de Elfos Noturnos que sobreviveram à terrível explosão escaparam da região submersa com barcos e navegaram para oeste para a única terra que ainda avistavam. O novo continente, a oeste, viria a receber também o nome de Kalimdor, em homenagem ao continente primordial destruído. De alguma maneira Malfurion, Tyrande, e Cenarius tinham sobrevivido ao grande cataclisma e ainda ajudaram a conduzir os elfos sobreviventes e estabelecer um novo reino para os seus semelhantes. Dentre os Elfos Noturnos sobreviventes havia alguns Highborne que sobreviveram ao cataclismo, sem sofrer a mesma maldição da rainha traidora e de seus subordinados íntimos. Na medida em que viajavam em silêncio, inspecionavam os destroços de seu mundo e perceberam como suas paixões por magia e sabedoria tinham levado à grande destruição do mundo ao redor. Embora a destruição da Fonte tivesse dizimado a Legião Flamejante, além de impedir o acesso de Sargeras ao mundo de Azeroth pela destruição do portal, o custo da vitória havia sido muito alto.

Chegando ao continente remanescente de Kalimdor, guiados por seus heróis, eles descobriram que a floresta de Ashenvale, o lar de Cenarius, e o Monte Hyjal, a montanha sagrada, tinham sobrevivido à catástrofe. Procurando uma nova terra, Malfurión e os Elfos Noturnos se dirigiram ao Monte Sagrado Hyjal e subiram no seu ponto mais alto.

De lá avistaram um belo vale em suas encostas e para lá se dirigiram para se estabelecer em suas planícies. Eles desceram então os declives do Hyjal e lá se fixaram. Ali acharam um lago pequeno e tranqüilo.

Para horror e espanto de todos perceberam que as águas do lago emanavam uma poderosa magia, semelhante a da extinta Fonte da Eternidade. Como seria possível isto, se antes nada havia lá a não ser um lago comum???!!!

Conforme já relatado acima, durante a batalha sangrenta que levou à destruição da Fonte, Illidam sorrateiramente carregou consigo os frascos cheios de águas mágicas da Fonte, convencido de que a Burning Legion esmagaria toda a civilização dos Elfos Noturnos. Assim, ele planejava manter as poderosas águas sagradas só para si. Illidan, tendo sobrevivido à grande implosão do antigo continente, havia alcançado o ápice do Monte Hyjal antes de Malfurion e os Elfos. Para preservar no meio ambiente a energia mágica da Fonte da eternidade, Illidan derramou as águas dos frascos no lago montanhês do Hyjal. As energias potentes da Fonte da Eternidade logo se difundiram e se espraiaram no lago, formando uma nova Fonte da Eternidade. Illidan triunfante acreditava que o novo lago mágico seria sua fonte exclusiva de poder e magia e um legado às gerações futuras. Ele ficou chocado quando viu que Malfurion e os Elfos, tendo sobrevivido, se assentaram nas margens do lago do monte Hyjal. “Que terrível coincidência”, pensou Illidan.

Malfurion logo cruzou com Illidam nas margens do lago e compreendeu como o poder da Fonte havia sido preservado e reintroduzido naquele lago outrora normal. Novamente tentou argumentar com seu irmão que aquela magia caótica conduziria inevitavelmente à corrupção de todos e à atração de novas forças maléficas de outras dimensões. Ainda assim Illidan recusou-se a renunciar seus poderes mágicos e a abrir mão do uso das magias das águas que salvara. Sabendo bem aonde as idéias cruéis de Illidan poderiam conduzir, Malfurion decidiu acabar de uma vez por todas com o poder de seu irmão insano.

Com a ajuda de Cenarius, Malfurion prendeu Illidan dentro de uma prisão subterrânea onde ele permaneceria preso e impotente até o fim dos tempos. Para assegurar a retenção de seu irmão, Malfurion autorizou a jovem guardiã elfa, Maiev Shadowsong, a ser a carcereira pessoal de Illidan.

Os Elfos Noturnos cogitaram em destruir a nova “Fonte da Eternidade”, mas preferiram manter o lago intocado, temendo que uma catástrofe ainda maior que a primeira destruísse o mundo. Porém, Malfurion declarou que eles nunca mais praticariam novamente as artes da magia com aquelas águas. Sob os ensinamentos de Cenarius, eles começaram a estudar as artes antigas do druidismo que os permitia curar a terra machucada e a recuperar a vitalidade de suas amadas florestas na base do Monte Hyjal.

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